01 outubro, 2007

Apaixonada. Estás.

Entre a porta da sala, encostada à porta da cozinha.
Acabas por revelar, muito indirectamente, o que há muito te andava a avisar... não se manda nele, não se comanda, não se desliga o botão, não se evita... ou melhor, pode-se evitar durante uns tempos, dar-lhe outros nomes para no intímo não assumirmos o que se passa, mas mais cedo ou mais tarde ele fala mais alto que a razão, a lógica que pensamos querer...
Um cigarro para relaxar, acalmar o cérebro.
Entre janelas.
Não vais admitir nunca, isso iria completamente contra a tua personalidade fria, distante e aversa a romantismos. Mas tal como disseste ontem, e sem saber estavas-me a dar razão, nós adaptamo-nos, somos mais flexiveis e surpreendemo-nos a nós mesmas com atitutes e palavras que julgávamos nunca ser capazes de fazer ou dizer...
Entre linhas.
Tentaste virar a conversa, fugir para não admitir... não era o admitir perante mim, tu sabes que eu sei, acho que soube primeiro que tu, era não admitir para ti mesma... Admitir que te adaptaste, admitir que gostas do que sentes, gostas do diferente, do novo, da emoção, da loucura, do pseudo que não é pseudo, e sentes falta quando não está, deixou de ser vício para ser desejo, vontade de estar, de ter... a isso eu chamo paixão, e apaixonada? estás sim senhora...

1 Comment:

  1. biggest dreamer said...
    Grande novidade :) ... finalmente é oficial.
    Curte a paixão, é a melhor coisa que existe, quando se torna em amor então, aí... é o céu!

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