Perdi-me no tempo e no espaço, quando voltei estava no sítio exacto que me tens vindo a descrever.
A aldeia não devia ser grande, na rua não se via muita gente, talvez devido à chuva que caía. Levei a gabardine vermelha que me deste e fui directamente à praça, pequena, com uns bancos com um ar antigo e uns candeeiros altos. Dali pude tirar as "medidas" daquele lugar...
Do lado oposto ao que me encontrava estava um café, se é que se pode chamar café àquele lugar, tinha um ar sujo, cinzento, com umas 4 mesas de metal já gasto e algumas cadeiras ferrugentas. Atrás do balcão um índividuo com um olhar provocador e sinistro, nem penses que algum dia ali vou entrar.
Concentrei-me então no edifício principal da aldeia, tal como em todas aliás, a igreja... À porta aquele que julgo ser o Padre da aldeia, uma figura alta, com um ar pouco simpático. Reparou que eu estava a olhar para ele, fixou o olhar, como que a tentar reconhecer-me! Senti-me observada e quando ia para avançar senti um doce aroma no ar...
Virei-me para trás e vi! Uma montra digna de uma qualquer cidade cosmopolita, uma casa de chocolate enfeitava a montra com todos os detalhes possíveis, linda!!! Espreitei, nas prateleiras havia dezenas de caixinhas e saquinhos cuidadosamente preparados, chocolates de todas as formas e feitios, chocolate branco, negro e de leite! E o balcão?! Bem, o balcão parecia o de um café, um café com estilo, um café de cidade! Pensei para mim, quem, quem poderia ter desenvolvido uma coisa daquelas naquela aldeia! Vou entrar...
Não deu tempo, reparei que me estava a aproximar da minha paragem de comboio, o resto ficará para a viagem de segunda-feira!! E sim, como é bom voltar ao comboio e às minhas leituras!
só esta leitura já me fez pensar em chocolate... daquele com avelãs, de preferência :D
bjo*